quinta-feira, 7 de julho de 2011

- do lado de cá


Há tanta vida lá fora...

Já faz muito tempo que venho querendo escrever este post, mas, sempre que eu decido levá-lo adiante, as palavras parecem me fugir e eu me assemelho às pessoas que acabaram de aprender a falar o português, sem domínio algum do idioma.

Comecei, há alguns meses, a leitura do livro Corolarium, psicografado por Diamantino Coelho Fernandes. Cheguei até este livro por intermédio da minha mãe, visto que, um dia, um dos médiums do centro espírita que nós frequentamos disse a ela que havia chegado o momento de aprender.

“Aprender o quê?” foi algo que não nos perguntamos, pois, instintivamente, já sabíamos do que se tratava a obra, a julgar pela pessoa que o havia indicado. Ditado por Maria de Nazareth, a também Nossa Senhora, o livro pede por uma leitura demorada, cuidadosa. Com ricos detalhes sobre o plano espiritual, a Mãe Santíssima narra, amorosamente, o que nos espera quando a morte se aproximar e segurar a nossa mão, nos obrigando a deixar o veículo que utilizamos durante anos para trás.

Ao contrário do que muitos acreditam, morrer significa encerrar a vida no corpo e não dizer adeus ao espírito ou à alma e passar a eternidade sob a terra. Algumas culturas celebram a morte, já que, para alguns, ela simboliza alívio e prestígio, caso tenham tido uma encarnação digna e luminosa. Para aqueles que perderam horas preciosas cultivando e reverenciando a vaidade e/ ou bens materiais, assim como prejudicando o próximo, por exemplo, a morte será difícil, pois, mais do que outra coisa, será preciso tempo. Tempo para se desligarem do corpo, tempo para compreenderem que é chegado o momento de partir, tempo para aceitarem que a vida vai muito além de fazer aniversário.

Maria de Nazareth deixa claro a solução, digamos assim, para conseguirmos atenuar os problemas que nos assolam, enquanto encarnados. Em muitos capítulos – em quase todos, na verdade –, ela ressalta a importância da prece. Rezar por si mesmo, pelos outros, através de orações conhecidas ou com um sincero agradecimento é capaz de operar milagres e transformar profundamente a vida das pessoas.

Através da prece, elevamos nossos pensamentos e entramos em sintonia com as Forças Superiores, sintonia esta que vai se fortalecendo com o passar do tempo. Com uma simples reza, adquirimos força e afastamos de nós males invisíveis, trazendo, para nós e para todos aqueles que nos cercam, um ambiente de paz.

Se pararmos para pensar e observar, a espiritualidade está, de fato, em tudo. Está nos livros psicografados que encontramos nas mãos de muitos indivíduos, está nas aulas de yoga e nos mantras entoados para entrar em estado meditativo, está presente em algumas músicas, que retratam a pureza do amor.

Corolarium foi escrito de forma tão terna e tão suave que é possível sentir a presença de Maria e praticamente ouvi-la com a alma. É uma excelente fonte de sabedoria e um alento para todos aqueles que têm curiosidade em redescobrir como é o outro lado. Um detalhe do livro que acho indispensável destacar é um conselho dado por Nossa Senhora: se você, por algum motivo, estiver em dúvida se está ou não fazendo (ou pensando em fazer) a coisa certa, pare e reflita como se Jesus estivesse ao seu lado, te acompanhando de perto. Desta maneira, fica fácil escolher qual caminho seguir.

Tenha em mente de que tudo o que você pensa, você materializa, visto que atrai para si acontecimentos e pessoas com ideias similares. Como diz um ditado que gosto muito, se você planta tempestade, você colherá raios e trovões.

Termino este post com um lema que quero levar comigo e colocar em prática o maior número de vezes possível: a vida é curta, mas a existência é eterna. Portanto, vamos fazer jus à oportunidade que nos está sendo dada, substituindo a vaidade e a ambição pela solidariedade e pelo altruísmo. Vamos trocar a intolerância pela paciência e semear paz. Só paz. Maranata.


Que todos os seres tenham paz, que todos os seres tenham saúde e que todos os seres sejam muito felizes.