domingo, 29 de abril de 2012

salaam aleikum

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"Meu coração e meus cinco sentidos se achavam a quatro metros de mim mesmo: na figura daquele homem de mais de um metro e oitenta de estatura que ali estava agora, encurvado e maltratado." 



Aproveito este tranquilo domingo, 29 de abril, para escrever sobre algo que verdadeiramente mexeu comigo. Terminei, há algumas semanas, a leitura do primeiro volume da coleção Operação Cavalo de Troia. O que começou como mera curiosidade - iniciada anos atrás, quando via o livro entre as coisas da minha mãe -  se mostrou uma verdadeira fonte de prazer e conhecimento.

Para aqueles que não sabem sobre o que é a história, trata-se de um suposto projeto da Nasa, executado na década de 1970, responsável por levar dois militares norte-americanos ao passado. Mais especificamente, à última semana de Jesus Cristo na Terra, na Palestina de dois mil anos atrás. 

A expedição se desenrola a partir de um diário escrito pelo major, que percorreu as ruas da Palestina à procura de Cristo, seus apóstolos e amigos, assim como dos demais personagens que figuram na Bíblia. Cético, o militar foi escolhido, dentre um numeroso grupo de oficiais dos Estados Unidos, justamente por sua falta de crença e desapego a qualquer religião. 

Ao chegar, rapidamente ganha a confiança e a amizade de Lázaro, homem a quem Jesus tinha ressuscitado poucos dias antes, e sua família. E é na presença destas pessoas que o major se encontra com o Mestre pela primeira vez. Mesmo rodeado por muitas pessoas, Cristo se levanta e caminha até sua direção, colocando Suas mãos em seus ombros e dizendo "Sê bem-vindo" com um sorriso. Após este primeiro contato, o militar confessa ter sentido todo o seu corpo trêmulo, indicando a enorme força energética que  emanava daquele Homem.

Com o passar dos dias, o oficial se mantém lado a lado com o Rabi da Galileia, ouvindo Seus ensinamentos e desvendando alguns mistérios de sua fascinante personalidade. Cada vez mais atraído por tudo o que Ele diz, o major vai deixando sua descrença para trás, abrindo espaço para uma fé jamais imaginada. Sua mente, antes dominada pela ciência, passa a concordar com cada palavra dita pelo Mestre e seu coração indica um desejo ardente de acompanhá-Lo a qualquer lugar.

Munido com a mais alta tecnologia, o que lhe permite gravar, analisar e recolher dados do passado para, depois, examiná-los em "seu tempo", o norte-americano tem como um dos objetivos de sua missão a triste tarefa de ficar próximo ao Cristo também no momento de sua captura, julgamento e crucificação, verificando - até perto demais - todo o Seu sofrimento. 

Exercitando toda a parcialidade da qual tenho direito, considero este livro como um dos mais tristes do mundo. É impossível não se deixar abater pelas torturas e pela injustiça que o Rabi sofreu. Mais difícil ainda é imaginar uma legião de pessoas torcendo pela morte de alguém cujo pecado foi pregar o bem e a paz. 

É claro que o livro é muito mais complexo e emocionante do que este simples resumo que escrevi. Também tenho perfeita noção da possibilidade de que nada disso tenha acontecido, sendo fruto apenas da rica imaginação de um escritor espanhol. Ainda assim, sinto-me na obrigação de partilhar com vocês o meu desejo de acreditar nesta incrível experiência. Por quê? Porque acreditando em sua veracidade, é como se eu também estivesse perto Dele. É como se eu também estivesse presente em todas as suas pregações e, a partir disto, pudesse usar seus conceitos e parábolas em meu próprio benefício.

Desde que li a última página do livro, me pego pensando Nele e em todas as Suas grandes ações. Será que, hoje, as pessoas saberiam compreendê-Lo? Como seria abraçá-Lo ou ouvi-Lo falar? Todas as noites, antes de cair no sono, peço a Deus que me deixe sonhar com Ele. Só um pouquinho. Só pra matar a saudade.

"E pelas três horas e trinta minutos, depois de beijar o solo rochoso da cripta, deixei o horto de José de Arimateia. Os soldados da Fortaleza Antônia ali continuavam, desmaiados, como testemunhas mudas da mais formidável notícia: a ressurreição do Filho do Homem.

Pelas cinco horas e quarenta e dois minutos daquele domingo de glória, 9 de abril do ano 30 de nossa era, o módulo decolou ao nascer do Sol. Ao voltarmos para o futuro, uma parte do meu coração ficou para sempre naquele tempo e naquele Homem, a quem chamam  Jesus de Nazaré. "

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